Em grande parte do território nacional, ainda não há datas definidas para o retorno das atividades escolares presenciais. Mesmo assim, não faltam materiais, documentos e planejamentos elaborados para contribuir com esta retomada. 

Em Santa Catarina, a preocupação comum se transformou em uma oportunidade para expandir a colaboração entre dois Arranjos de Desenvolvimento da Educação. Profissionais da Educação integrantes do ADE Granfpolis e do ADE CoGemfri se uniram para trocar experiências e, em conjunto, elaborar um protocolo de saúde mental para as escolas utilizarem no retorno das aulas presenciais. Essa é uma ação colaborativa, que conta com a participação de psicólogos atuantes nas secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social.

Na reunião virtual, os profissionais tiveram a oportunidade de falar sobre o momento e destacar ações que já estão em andamento, que podem nortear o protocolo. O documento segue o parecer do CNE/CP 05/2020, que determina o planejamento de processos de acolhimento aos servidores e estudantes no retorno às atividades presenciais. Por isso, o apoio de equipes intersetoriais para orientar a atividade das unidades escolares é importante.

Além da acolhida, o encontro também debateu sobre a importância de considerar em que estado os profissionais estão voltando ao trabalho, ouvir as crianças e criar um espaço para escuta especializada. A partir de agora, o grupo vai colher práticas, ideias e sugestões nos dois territórios catarinenses. Novas reuniões serão agendadas para continuar a construção do protocolo.

De acordo com a secretária municipal de Educação de Angelina, Rosi Meri da Silva, o momento é de contribuição e, quando voltarem às escolas, de acolhimento. “Será fundamental o suporte para todas as equipes da Educação, seja para o pessoal da escola ou das secretarias. Precisamos saber como trabalhar o acolhimento dos profissionais, alunos e famílias”, afirma.

Conforme Gilmara da Silva, do ADE CoGemfri, a conversa entre os ADEs foi muito produtiva. “Saber com quem estamos trabalhando, dar voz às crianças, não potencializar as tragédias, ter metodologia por indicadores, seguir literaturas internacionais e experiências já aplicadas foram questões levantadas e que serão observadas na construção conjunta do documento”, finaliza.